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DR. DIÓGENES DA CUNHA LIMA, EX-REITOR DA UFRN E PRESIDENTE DA ACADEMIA NORTE-RIOGRANDENSE DE LETRAS

sábado, 2 de maio de 2020

DIÓGENES DA CUNHA LIMA


Nasceu em Nova Cruz (RN), em 20 de julho de 1937, filho de Diógenes da Cunha Lima e Eunice Pessoa da Cunha Lima. Estudou em Natal e formou-se em Direito, em 1963. Sua dedicação à profissão fez dele um dos mais conceituados advogados do Estado.
Diógenes da Cunha Lima tem ocupado importantes cargos relacionados ao ensino e à cultura, áreas a que se dedica como produtor e incentivador. Foi reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, secretário da Educação e Cultura, presidente da Fundação José Augusto, professor do Curso de Direito e é, atualmente, presidente da Academia Norte-rio-grandense de Letras.
Tem publicado não só poesia mas também biografias e ensaios. Sua estréia nas letras aconteceu em 1968, com o livro Lua 4 vezes sol. Em 1975 recebeu o Prêmio Othoniel Menezes, com Instrumento dúctil, cujos poemas Câmara Cascudo considerou “legítimos de veracidade, cotidianidade e realismo mental”. Em 1977, com o livro Poemas do amor sem sossego, recebeu novamente esse Prêmio e a Menção Especial Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores. Alguns poemas do livro Corpo breve, de 1980, estão traduzidos para o Francês, com o título Tendresse: poèmes d’ um amour toumenté. O projeto poético de Diógenes da Cunha Lima, perceptível desde os primeiros livros, encaminha-se no sentido de condensação da tensão poética num mínimo espaço verbal.
Para Gilberto Mendonça Teles, o poeta é um dos mais expressivos nomes da poesia do Nordeste. Referindo-se ao livro Os pássaros da memória, de 1994, o crítico afirma, na Introdução, que os poemas aí contidos “são pequenos pássaros ou traços de emoção(…) voando nas páginas que estamos lendo”. Os setenta e sete poemas desse livro comporiam um quadro minimalista, em que cada um corresponderia a uma peça de um grande mosaico, que teria, por sua vez, uma dimensão claramente esotérica.
Diógenes da Cunha Lima utiliza freqüentemente, na sua poesia, o interessante recurso de dialogar com outros textos, sejam eles literários ou não, seguindo uma tendência contemporânea das artes para dilatar os limites que restringem os campos artísticos. Por exemplo, inspirados nos prelúdios do maestro e compositor Oriano de Almeida, escreveu Poemas vezos prelúdios e, a partir das instigantes questões propostas por Pablo Neruda, em o Libro de las preguntas, estabeleceu um diálogo com o poeta chileno em Livro das respostas, publicado em 1996.
No Prefácio a esse livro, Edson Nery da Fonseca considera Diógenes um poeta “ nascido para os mais altos vôos da imaginação. Um poeta de cariz nerudiano e que , por isso, deu às perguntas (…) as respostas que ele (Neruda), entusiasticamente aplaudiria”.
As relações do poeta com a música têm se intensificado nos últimos anos. O poema “Nilo, o menino do Guaporé”, mereceu uma suíte musical de Oriano de Almeida e foi lançado em CD pela Fundação Joaquim Nabuco, em 2000. Outras composições do poeta foram também registradas no CD “ O alfabeto e outras canções infantis”, interpretadas por Lucinha Lyra, no mesmo ano.
Com certeza, a obra de Diógenes da Cunha Lima é merecedora de um estudo mais acurado, que destaque a sua força poética e sua importância no cenário das letras nacionais.
FONTE – UEB-RN

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